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Bernard Cornwell: história e ficção lado a lado

  • Foto do escritor: Leonardo Dutra
    Leonardo Dutra
  • 6 de mar. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 1 de jul. de 2020



Respeitado como um dos maiores nomes do gênero de ficção histórica, Bernard Cornwell nasceu no dia 23 de fevereiro de 1944, em Londres. Concebido em pleno período da Segunda Guerra Mundial, filho de um aviador canadense e uma auxiliar da Força Aérea Britânica, Cornwell foi entregue para adoção, onde foi acolhido por outra família, participante da seita religiosa peculiar people, popular na Inglaterra.


Sua criação rígida e isolada deixou profundas marcas em sua vida, contribuindo em sua futura vida literária. O escritor já expôs diversas vezes a sua aversão a qualquer tipo de religião, se considerando um ateísta convicto. Cornwell chegou a conhecer seu pai biológico aos 58 anos, quando passava por Vancouver para a turnê de um de seus livros.


Formou-se em História pela University College of London no ano de 1966, se tornando professor. Posteriormente, se tornou repórter pela BBC e passou a trabalhar na Irlanda do Norte. Chegou a se casar nesse meio tempo, mas o relacionamento não durou.


Em 1978, em uma viagem para Edimburgo a trabalho conheceu Judy, uma agente de viagens americana, com quem veio a se casar logo depois. Por questões familiares, Judy não poderia viver na Inglaterra, então Cornwell se mudou para os Estados Unidos, mas teve o green card recusado. Por isso, o então repórter passou a trabalhar profissionalmente com literatura, atividade que não necessitava de aprovação do governo à época.


A partir deste momento, o agora escritor, utilizando de seu conhecimento sobre história, passou a criar diversas sagas e crônicas com pano de fundo em momentos importantes, principalmente da Inglaterra, se tornando um dos maiores nomes do gênero, com livros traduzidos para mais de 20 idiomas e com mais de 30 milhões de cópias vendidas por todo o mundo.


Bernard Cornwell é visto por muitos como o maior nome do gênero de ficção histórica, que tem como objetivo a utilização de recursos ficcionais para remontar um período no passado. Porém, diferente de muitos autores, inclusive alguns consagrados, Cornwell leva isso a última potência.


Antes de criar uma narrativa, o escritor se debruça inteiramente no momento histórico que irá e relatar e na biografia de seus personagens, trazendo uma riqueza de detalhes singular. Em todos os seus livros, faz questão de deixar uma nota ao final falando sobre o processo de criação e como foi feita a pesquisa.


Isto se vê em livros com muitos registros históricos, como em Azincourt (2008), que repassa a famosa batalha pelos olhos de um arqueiro comum, ou mesmo em períodos onde há pouquíssima documentação, como no caso de Stonehenge (1999), que reescreve a história da criação do famoso monumento localizado no sul da Inglaterra.


Outra característica marcante de seus livros é a extensão das sagas. Apesar de ter ótimos livros de volume único, Cornwell é mais conhecido por suas histórias com três livros ou mais. Este atributo é visto principalmente em As Aventuras de Sharpe, iniciado em 1997, que conta com mais de 20 volumes e As Crônicas Saxônicas, lançado em 2004 e que já conta com 12 livros, o mais recente lançado no final de 2019. As duas sagas continuam em andamento.


Constantemente deixado de fora dos circuitos críticos da alta literatura, Bernard Cornwell é um dos mais reconhecidos autores ingleses, sendo congratulado com a Ordem do Império Britânico, renomada condecoração concedida pela rainha. Além disso, conquistou o respeito de muitos historiadores, que vêem no gênero da ficção histórica um desserviço, o que o coloca como um dos maiores autores da atualidade.


PRINCIPAIS OBRAS

As Crônicas de Arthur; Trilogia do Graal; As Crônicas Saxônicas


RECOMENDAÇÃO

Stonehenge


FRASE

Não escrevo os livros como um reflexo consciente dos temas atuais, mas a história se repete constantemente

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