O Homem da Areia, de E.T.A. Hoffmann
- Mariana Knorst
- 7 de jul. de 2020
- 2 min de leitura

Ernst Theodor Amadeus Hoffmann, mais conhecido com E.T.A. Hoffmann é o responsável pelo conto O Homem da Areia e outros clássicos, como Reflexões do Gato Murr e O Quebra Nozes, títulos que lhe ajudaram a ter o reconhecimento mundial como uma das referências da literatura fantástica.
Como um bom drama alemão, O Homem da Areia traz desdobramentos intensos e "coincidências" cabulosas. Na história, Natanael é surpreendido em casa por um vendedor de barômetros, que subitamente lhe remonta a algumas lembranças de infância.
Quando criança, Natanael e seus irmãos tinham por hábito, após o jantar, ficar ao redor do pai, próximo à lareira. A rotina era interrompida, eventualmente, quando a família recebia a visita do Homem da Areia e as crianças eram obrigadas a dormir mais cedo.
Segundo a babá, o Homem da Areia era uma criatura malévola, que apenas aparecia quando crianças não queriam dormir e então, para penalizá-las jogava areia em seus olhos para que caíssem de seus rostos, sendo utilizados posteriormente para alimentar os filhos da criatura, na lua.
Contudo, um dia, Natanael, dominado pela curiosidade, decidiu esperar escondido o Homem da Areia, na sala de seu pai. Quando surpreendido pela criatura, Natanael desencadeia eventos dos quais lembraria pelo resto da vida.
Coincidentemente, ou não, Natanael reconhece no vendedor que batia à sua porta a criatura que o atormentava na infância. A partir de então, o leitor é submetido a uma sequência de eventos exponencialmente dramáticos e angustiantes.
Publicado em 1817, o conto é o primeiro do livro "Contos Noturnos" e traz importantes reflexões sobre traumas de infância, interpretação de sonhos, relação entre fato e percepção e, sobretudo, medo.
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