Demian, de Hermann Hesse
- Mariana Knorst
- 2 de mar. de 2021
- 1 min de leitura

Hermann Hesse, como já conversamos na postagem sobre o escritor, teve uma formação religiosa muito intensa. Filho de pais missionários protestantes, Hesse foi educado dentro da filosofia cristã, mas acompanhou de muito perto os ensinamentos da espiritualidade oriental, em especial da Índia.
Demian, livro publicado em 1919, assim como diversas obras do escritor, aborda de forma bastante incisiva reflexões sobre religião e o "eu", através da busca por esclarecimentos relacionados aos conflitos internos das personagens.
Emil Sinclair, personagem principal da narrativa, em determinado ponto de sua vida (transição entre infância e adolescência), se depara com um mundo completamente diferente daquele apresentado pela família. Com o choque de realidade, o jovem passa a questionar, de forma introspectiva, os ensinamentos e a educação promovida por seus genitores.
No decorrer de sua trajetória, conhece Max Demian, um colega de escola bastante avançado nas mesmas reflexões que angustiam Sinclair. A amizade entre os jovens cresce na mesma medida em que se desenvolvem e amadurecem suas ideias.
No curso da história, o leitor é capaz de participar do crescimento das personagens e aqueles com maiores conhecimentos sobre religião cristã e misticismo (de uma forma ampla) têm a possibilidade de criar e desenvolver os próprios questionamentos.
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