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65ª Feira do Livro de Porto Alegre

  • Foto do escritor: Mariana Knorst
    Mariana Knorst
  • 7 de nov. de 2019
  • 10 min de leitura

A 65ª Feira do Livro de Porto Alegre, a maior feira a céu aberto da América Latina, teve início em 1º de Novembro e conta com a presença de diversas bancas, que tradicionalmente participam do evento.


Por muitos anos, a Feira foi um local onde os leitores das mais variadas categorias poderiam encontrar, ao alcance das mãos e do bolso, os livros desejados e conhecer novos títulos. Contudo, nos últimos anos, principalmente com a popularização da venda de livros pela internet, um dos diferenciais da Feira se perdeu.


A grande maioria das bancas presentes na Feira é composta por representes de pequenas livrarias, sebos e editoras independentes de Porto Alegre, que vendem livros novos e usados.


Os livros novos, muito em razão do porte das empresas que os vendem, possuem preço praticamente normal, com nenhum ou pouco desconto, o que torna a sua compra pouco vantajosa financeiramente.


Atualmente, principalmente após o crescimento exponencial da gigante Amazon no Brasil, a compra de livros pela internet se tornou ainda mais popular, pois reúne grandes descontos e entregas que podem acontecer de forma gratuita e a partir de dois dias úteis.


Assim, a Feira se torna realmente atrativa para aqueles dispostos a garimpar os balaios com descontos, que estão presentes em praticamente todas as bancas, contendo livros usados e alguns livros novos "menos populares", mas em ambos os casos é possível encontrar preciosidades.


Neste ano, meu marido e eu compramos 21 livros, que em média custaram menos de 10 reais cada, sendo que, com exceção de três, todos foram encontrados em balaios.


Ainda, dos livros usados que compramos, apenas três possuem algum sinal de uso ou de tempo, o restante está em perfeito estado.


Conforme vocês podem ver abaixo, a maioria dos livros que adquirimos é composta por títulos que encontramos com pouca frequência, com destaque para o 1001 Livros Para Ler Antes de Morrer (esgotado há anos):


LIVROS NOVOS

  • Um Terrorista no Pampa, de Tailor Diniz (Leitura XXI)

"Poderiam os atentados do 11 de setembro servir de oportunidade para um homem falido recomeçar a vida em terras americanas? É possível abandonar totalmente o passado sem maiores consequências? Como um terrorista pode surgir, do nada, em meio ao pampa gaúcho? Um pequena cidade em polvorosa, um professor que faz as vezes de investigador de um crime que a muitos interessa esconder. Na melhora tradição do romance policial moderno, Tailor Diniz constrói um thriller eletrizante, divertido e surpreendente, que, além de tudo, não deixa de possuir uma saborosa cor local."

  • Mistério No Centro Histórico, de Tailor Diniz (Dublinense)

"Mistério no Centro Histórico traz de volta à cena o detetive Walter Jacquet, personagem de Crime na Feira do Livro. Agora, Jacquet, acompanhado do aspirante a escritor Joãozinho Macedônio, investiga a explosão de uma bomba no Centro Histórico de Porto Alegre. Para lidar com perigosos terroristas e autoridades confusas, a dupla adota o simples uso de raciocínios lógicos, chegando a uma reviravolta digna das melhores tramas do gênero."

  • Literatura Gaúcha, de Luís Augusto Fischer (Leitura XXI)

"Uma análise completa dos autores gaúchos e suas obras, visando dar suporte ao aluno para as questões cobradas nos vestibulares das principais universidades do Rio Grande do Sul."

  • Naufrágios Urbanos, organizado por Luiz Antônio de Assis Brasil (3º Selo)

"Que as cidades são lugares de encontros e desencontros não é nenhuma novidade. Seja nas ruas das grandes metrópoles ou das cidades interioranas, os conflitos da convivência estão sempre presentes. Mas, pelas esquinas, sobre a dureza do asfalto ou escondida dentro das casas, a tragédia da vida cotidiana toma forma todos os dias. Este livro traz as histórias de solitários, crianças sombrias, suicidas, travestis, golpistas, apaixonados e inquietos: náufragos urbanos em busca de um norte."


  • O Pintor de Retratos, de Luiz Antônio de Assis Brasil (L&PM)

"O fotógrafo francês Nadar (Félix Tournachon) era uma celebridade. Atravessou o século XIX, fotografando algumas das maiores figuras da época, de Vítor Hugo a D. Pedro II. Diziam que ele capturava a alma dos modelos. Mas o protagonista deste romance é Sandro Lanari, um pintor de retratos nascido em Ancona, Itália. Sua vida se transforma no dia em que vê, numa vitrine em Paris, a foto - feita por Nadar - da jovem Sarah Bernhardt, a grande diva do teatro internacional. Fascinado pelo retrato, procura Nadar e faz-se fotografar por ele. O resultado, desconcertante e patético, conduz Lanari a declarar guerra a todos os fotógrafos do mundo. Emigra para o Brasil, onde sobrevive como pintor de retratos até que, por uma circunstância ao mesmo tempo trágica e fortuita, torna-se também ele fotógrafo. Participa, sempre como coadjuvante, de revoluções pelo pampa, abandona a pintura, prospera como fotógrafo em Porto Alegre e finalmente retorna à Europa, onde o aguarda seu passado - e Nadar."

  • Os Donos do Inverno, de Altair Martins (Dublinense)

"Apesar de viverem perto um do outro, os irmãos Elias e Fernando se evitam há vinte e quatro anos. Mas um acontecimento inesperado força o professor Elias a pedir a ajuda de Fernando, taxista, para realizar o antigo sonho de seu falecido irmão mais velho. Lado a lado num táxi, eles terão de fazer como os puros-sangues e seguir em frente, correndo pelo frio do Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina para levar os ossos do jóquei C. Martins até a grande noite do turfe em Buenos Aires."


  • Dia de Matar Porco, Charles Kiefer (Dublinense)

"Ariosto Ducchese escapou de uma morte por hemorragia depois de sangrar por dias. No quarto do hospital, ele vê sua mãe, já falecida ― o fantasma dela ou efeito dos medicamentos? Com isso, ressurgem também todas as memórias e assombrações da vida no campo deixada para trás há mais de trinta anos, as relações familiares, os rituais ― incluindo o dia de matar porco, quando os meninos se credenciam para as atividades da vida adulta. Ariosto, hoje advogado bem-sucedido, refaz seu caminho de volta a Pau D’Arco, sua cidade natal, relembrando todos os tipos de emprego, as moradias e as experiências, até chegar e se estabelecer em Porto Alegre. Ele reconta a história da sua vida ― para ele mesmo, e para seus leitores ― e examina questões literárias, filosóficas e culturais, retornando a um ambiente de brutalidade, mas de muita união, onde se forjou o homem nas veias da terra. Dia de matar porco é o primeiro romance publicado por Kiefer depois de um hiato de 12 anos sem lançar uma narrativa longa inédita."


  • Porteira Fechada, de Cyro Martins (Editora Movimento)

"Com o transcorrer do tempo, a trilogia do gaúcho a pé de Cyro Martins vai crescendo de significado e de importância: Sem rumo (1937), Porteira fechada (1944) e Estrada nova (1953) compõem um vasto painel de uma época em crise, fixando um momento histórico em que ocorrem profundas transformações sócio-econômicas na campanha gaúcha. Em Porteira fechada , aparece, com fidelidade, a situação do gaúcho a pé, o gaúcho pobre que, dadas as modificações sofridas nos meios de vida do seu ambiente natural - o campo - foi obrigado a refugiar-se nos arredores das cidadezinhas."

  • Para Ler os Gaúchos (Leitura XXI)

"Alguns dos melhores contos já escritos no Rio Grande do Sul aparecem nesta antologia. São múltiplos relatos que registram o campo e a cidade, os tormentos da memória e o prazer de existir, a lucidez amarga e a loucura escapista, os amores possíveis e os impossíveis, a luta sôfrega pela vida e a inevitabilidade trágica da morte, tudo isso numa ciranda inesgotável, cheia de brilho, emoção e beleza."

  • O Mestiço de São Borja, de Alcy Cheuiche (Editora Sulina)

"O mestiço de São Borja' é 'um retrato fidedigno da nação brasileira', como o qualificou Sérgio Faraco, e que permite ao leitor entender o que realmente aconteceu no país entre os anos de 1930 e 1980, como o suicídio de Getúlio Vargas e o golpe de 1964, o livro destaca-se principalmente pela valorização da ecologia. Doze anos antes da Rio-Eco 92, as lições que oferece, principalmente na criação e destruição da Reserva Ecológica Aquaraibai, o colocam como o precursor da difusão dessas ideias no romance brasileiro. Indicado como leitura obrigatória para candidatos de exames vestibulares em diferentes universidades, 'O mestiço de São Borja' se impunha por sua capacidade de formar e informar leitores de todas as faixas etárias."


  • Pequenas Histórias de Porto Alegre, organizado por Marcelo Spalding (Metamorfose)

"Parece que hoje todo porto-alegrense é um nostálgico. Perdemos algo na relação com a cidade que parece tão próxima, mas tão distante.Neste livro, cada autor apresenta contos, histórias e causos da Porto Alegre de outros tempos, numa tentativa de, pela ficção, resgatarmos este laço com nossa cidade. As histórias passeiam pela Rua da Gruta, Navegantes, Jardim Botânico, Aeroporto, Brique da Redenção, Igreja São Pedro, Theatro São Pedro, Café Rian, Bom Fim, Menino Deus, Mercado Público, cinemas saudosos que hoje viraram prédios, bondes e personagens como Mario Quintana. Seja você um turista ou um nostálgico, estas pequenas histórias de Porto Alegre o farão viajar no tempo e no espaço."

  • 1824, de Rodrigo Trespach (LeYa)

"Em 1824, o historiador e escritor Rodrigo Trespach narra a chegada dos imigrantes de língua alemã ao Brasil e a formação das primeiras colônias no século XIX. O livro mostra como os alemães participaram da instalação das nossas primeiras colônias agrícolas, do surgimento da igreja protestante brasileira e até mesmo de um plano para assassinar d. Pedro I. Por meio de documentos e diários de viagem, Trespach insere uma vasta pesquisa histórica numa envolvente narrativa que conta uma história fascinante e pouco conhecida sobre a formação do Brasil."


*Este livro, atualmente está esgotado na Feira. Sem previsão de reposição de estoque.


LIVROS USADOS

  • A Guerra No Bom Fim, de Moacyr Scliar (L&PM)

"'A guerra no Bom Fim', lançado originalmente em 1972, em plena ditadura militar, é o primeiro romance de Moacyr Scliar. Aqui Joel relembra seus tempos de menino judeu, quando vivia com a família na Porto Alegre dos anos 40, em pleno bairro Bom Fim, o coração judaico da cidade. Com este romance de formação, Scliar testemunha a necessidade de lançar novas luzes sobre o passado e a identidade nacional."


  • Os Voluntários, de Moacyr Scliar (L&PM)

"Uma noite, um velho e desconjuntado rebocador sai de um cais em Porto Alegre. Sua tripulação - quatro homens, uma mulher e um moribundo. Destino, o porto de Haifa. Objetivo da viagem, permitir que o moribundo veja a cidade de Jerusalém antes de morrer. A história desta bizarra e patética expedição constitui o tema de 'Os voluntários', romance de Moacyr Scliar. Na pitoresca e barulhenta rua Voluntários da Pátria, em Porto Alegre, movem-se os personagens criados pela imaginação do autor. Um romance que reúne os quixotes, os gauches da vida, personagens que buscam o inatingível."


  • O Carnaval dos Animais, de Moacyr Scliar (Editora Movimento)

"Pequenas histórias, grande literatura Numa noite de temporal, um navio naufragou ao largo da costa africana. Partiu-se ao meio, e foi ao fundo em menos de um minuto. Passageiros e tripulantes pereceram instantaneamente. Salvou-se apenas um marinheiro, projetado à distância no momento do desastre. Meio afogado, pois não era bom nadador, o marinheiro orava e despedia-se da vida, quando viu a seu lado, nadando com presteza e vigor, a vaca Carola. [...] Agarrado aos chifres da vaca, o marinheiro deixou-se conduzir; e assim, ao romper do dia, chegaram a uma ilhota arenosa, onde a vaca depositou o infeliz rapaz, lambendo-lhe o rosto até que ele acordasse. Trecho do conto “A vaca” Em O carnaval dos animais, leões, ursos, coelhos, vacas e cachorros são os grandes protagonistas deste conjunto de histórias. Este que foi um dos primeiros livros do imortal Scliar reúne contos que, por meio do fantástico e do insólito, revelam a maior parte das temáticas que acompanhariam o autor ao longo de sua carreira: a condição de imigrante, as raízes judaicas, a vida em família, a condição humana, tudo regado com muito humor."


  • Como Gostais/Conto de Inverno, de William Shakespeare (L&PM)

"Estão aqui reunidas duas peças de Shakespeare. Em 'Como gostais', nona das dezoito comédias do autor, escrita em 1599, é contada a história de Rosalinda, uma jovem que, em meio a uma disputa sucessória em um ducado na França, precisa fugir da vida na corte. Já 'Conto de inverno', escrita entre 1610 e 1611, é uma das peças romanescas de Shakespeare, ou uma tragicomédia. Leontes, rei da Sicília, se convence de que Hermione, sua esposa, o trai com Políxenes, rei da Boêmia e amigo de infância do próprio Leontes."


  • Aura, de Carlos Fuentes (L&PM)

"Poucos textos na literatura mexicana têm a beleza e a expressividade desta narrativa, Aura, em que os processos da ficção são levados às últimas conseqüências. As imagens do sonho alteram a realidade ou a realidade se vê contaminada pelo sonho. O fato é que FUENTES, CARLOS , dono de todos os recursos, empregando uma eficaz técnica literária, deu alento a uma atmosfera de sombras e ecos, onde está manifestado o tema da verdadeira identidade, e o amor volta a se unir, acima do tempo, através do mal e da morte. Aura é mais do que uma intensa história de fantasmas: é uma lúcida e alucinada exploração do sobrenatural, um encontro dessa vaga fronteira entre a irrealidade e o tangível, essa zona da arte onde o horror gera a beleza."


  • Os Ratos, de Dyonelio Machado (Editora Ática)

"'Os Ratos' foi publicado em 1935 e rendeu ao gaúcho Dyonelio Machado o primeiro lugar no prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, ao lado de Erico Veríssimo, Marques Rebelo e João Alphonsus de Guimaraens. Em uma década marcada por grandes romances dedicados aos dramas cotidianos da população mais pobre, Dyonelio transformou Naziazeno Barbosa, atormentado protagonista de 'Os Ratos', em uma das figuras mais marcantes da galeria de personagens desvalidos que povoam a literatura brasileira dos anos 30. Naziezeno precisa de cinqüenta e três mil-réis para pagar a conta do leite e sai pela cidade - Porto Alegre do começo do século XX - para cavar o dinheiro. Como num lance de jogo, a narração seguirá as andanças desse funcionário público, movido pela mais estrita necessidade, durante um único dia."

  • O Caso do Martelo, de José Clemente Pozenato (Mercado Aberto)

"Um crime é cometido na pequena Santa Juliana. Para solucioná-lo, o delegado Pasúbio encontra uma resistência silenciosa naquela comunidade italiana primitiva. Aos poucos ele vai conhecendo os habitantes e, ao compreendê-los, descobre o caminho para desvendar o crime. Bem montado, seja no estilo, seja na atmosfera criada, "O caso do martelo", de José Clemente Pozenato, se iguala aos clássicos do gênero, como certas obras de Simenon."

  • 1001 Livros Para Ler Antes de Morrer, de Peter Boxall (Sextante)

"A arte de contar histórias é intrínseca à natureza humana – seja para transmitir conceitos morais, registrar acontecimentos históricos, relembrar a vida de uma grande personalidade, por puro entretenimento, ou, como Sherazade, para viver por mais um dia. Desde As mil e uma noites, as narrativas de ficção exercem grande fascínio e influência sobre as pessoas. Seduzidos pela leitura, inúmeros jovens descobriram seu talento e se tornaram escritores. Livros inspiram outros livros numa progressão tão espantosa que fica difícil para qualquer um acompanhar todas as opções disponíveis. 1001 livros para ler antes de morrer reúne algumas das obras de ficção de maior impacto da história. De clássicos como Dom Quixote, de Cervantes, e Os Lusíadas, de Camões, até os mais recentes e inovadores, como Almoço nu, de William Burroughs, e Tudo se ilumina, de Jonathan Safran Foer, você encontrará aqui títulos que marcaram época, dos mais diversos estilos e para todos os gostos. Com resenhas elaboradas por uma equipe de escritores, críticos literários e jornalistas internacionais, este livro poderá guiá-lo pela história da literatura mundial. E, para darmos mais destaque à produção literária de língua portuguesa, incluímos nomes como Aluísio de Azevedo, Lima Barreto, Lygia Fagundes Telles e Mia Couto. Não importa se você está escolhendo sua próxima leitura, tentando encontrar o presente ideal para um amigo ou se deseja conhecer um pouco mais sobre grandes obras e seus autores, 1001 livros para ler antes de morrer é perfeito para todos os que gostam de ler."

 
 
 

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