Se a Rua Beale Falasse, de James Baldwin #3
- Mariana Knorst
- 20 de out. de 2019
- 1 min de leitura
Atualizado: 1 de jul. de 2020

James Baldwin, conhecido por ter escrito O Quarto de Giovani (romance homossexual vanguardista), também é o autor de Se a Rua Beale Falasse, livro que inspirou o filme homônimo indicado a algumas categorias do Oscar 2019.
A história acompanha o drama do jovem casal Fonny e Tish, na década de 70, nos Estados Unidos, e traz ao leitor a mais dura realidade sobre o forte preconceito racial do período.
A trama inicia com Fonny preso e Tish revelando sua gravidez ao noivo e às famílias. A partir dessa premissa, a história se desenrola com a tentativa de livrar Fonny da prisão, em tempo de acompanhar o nascimento do bebê.
Contudo, a essência do filme não se encontra no drama aparentemente comum, e sim nas entrelinhas, em que encontramos situações de abuso, preconceito e segregação racial.
O autor embala a história no ritmo de gêneros musicais desenvolvidos através de raízes africanas, como blues e soul, e coloca diversas canções no papel de personagens influentes. Artistas como Aretha Franklin, Marvin Gaye e Billie Holiday são mencionados ao longo da história em diversas oportunidades.
Uma playlist com as músicas mencionadas no livro foi criada por mim, no Spotify, e está disponível nos stories (vou deixar nos destaques “Spotify”). Se a Rua Beale Falasse, apesar de distante temporalmente, se mostra ainda muito atual, ainda que mascarada através de condutas hipócritas da sociedade. É uma história necessária, que oferece inúmeras reflexões, de âmbito social, moral e jurídico.
Como leitura semelhante, posso recomendar A Confissão (@editorarocco), de John Grisham, que relata a história de Donté Drumm, um jogador negro de futebol americano, que está no corredor da morte, como punição por crime que não cometeu.
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