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Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie #6

  • Foto do escritor: Mariana Knorst
    Mariana Knorst
  • 20 de out. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de jul. de 2020



Meu primeiro contato com Chimamanda Ngozi Adichi se deu por esse “livrinho” aí. Americanah, livro incansavelmente indicado por Oprah, é um contraste perfeito entre a idealização de um sonho e o duro contato com a realidade.


Lagos, cidade mais populosa da Nigéria e onde grande parte da história se desenrola, à época (década de 90) enfrentava tempos sombrios com a instauração do governo militar. Com as duras imposições do governo e os cortes de gastos, muitas universidades (ou todas) frequentemente entravam em greve, o que comprometia a qualidade de ensino, em que pese a forte dedicação dos profissionais em manter um ambiente minimamente educacional.


Frente à dificuldade no ensino, muitos jovens almejavam estudar fora do país, principalmente nos Estados Unidos, país pelo qual nutriam uma forte ideação romanceada. Ifemelu, jovem nigeriana cheia de personalidade, recebe a oportunidade de estudar nos Estados Unidos, onde teria acesso ao que todos sonhavam, ainda que tivesse que deixar para trás tudo e todos que conhecia.


Contudo, ao chegar “nas Américas”, Ifemelu encontra um ambiente totalmente hostil, em que as pessoas são classificadas de acordo com o tom de pele e onde o seu esforço e destaque estudantil são ofuscados pelos dilemas socioeconômicos.


Paralelamente à trajetória de Ifemelu, a história nos apresenta outros tantos personagens, com caminhos e desfechos diversos, o que demonstra a pluralidade da sociedade Nigeriana. Entre esses personagens, Adiche nos introduz a Obinze, namorado de Ifemelu na adolescência, que mais do que qualquer outro jovem deseja profundamente mergulhar e vivenciar a cultura norte-americana, mas que tem seus projetos sabotados (simplesmente) pela vida.


Americanah, livro que considero símbolo da transição “juventude e vida adulta” e “sonho e realidade”, é um romance que como desfecho apenas podemos esperar a realidade, limpa e pura, sem idealizações.


Da mesma autora, a @companhiadasletras também publicou Meio Sol Amarelo, história que virou filme, e No Seu Pescoço (livro de contos).

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