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A Honra Perdida de Katharina Blum, de Heinrich Böll #4

  • Foto do escritor: Mariana Knorst
    Mariana Knorst
  • 20 de out. de 2019
  • 1 min de leitura

Atualizado: 1 de jul. de 2020



Como surge a violência e para onde ela pode levar. Esse é o subtítulo de A Honra Perdida de Katharina Blum e também a melhor descrição da história.


Escrita por Heinrich Böll, vencedor do Nobel de Literatura de 1972, a história inicia no Weiberfastnacht (festa tradicional que ocorre na quinta-feira da semana anterior ao carnaval) e acompanha os trágicos acontecimentos que rondam ou são causados pela protagonista, Katharina Blum.


Os trágicos acontecimentos são os responsáveis pela transformação ou libertação da personagem. Aqui, refiro transformação e libertação como situações alternativas, pois não sabemos se quem Katharina se torna é algo novo ou que estava adormecido.


Contudo, o real objetivo de Böll é apresentar uma inteligente denúncia às Fake News, tão em voga ultimamente. Na história, através das notícias falsas, a opinião de conhecidos, desconhecidos e íntimos de Katharina é moldada de forma a deturpar a imagem que a duras penas construiu.


A partir da ruína de sua imagem, Katharina envereda pelos caminhos da violência, perdendo sua honra, ao mesmo tempo em que busca justiça e tenta limpar seu nome.


A história é conduzida com suspense e contada de forma não linear, o que instiga a criatividade e a ansiedade do leitor, pois a todo custo se quer entender, basicamente, como que raios Katharina se meteu onde se meteu.


Com certeza, uma das melhores e mais surpreendentes histórias que li este ano e também a que deu início a um pequeno projeto pessoal, leitura de germanófonos (escritores de língua germânica), que vou compartilhar nesta plataforma ao longo do ano.

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